Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

Governador diz que suposto grupo de extermínio no Tocantins é caso isolado e que tomará providências




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O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) falou nesta sexta-feira (1º) sobre as investigações de um suposto grupo de extermínio na Polícia Civil do Tocantins. Ele disse acreditar que se trate de um caso isolado e afirmou que se os crimes forem confirmados o Estado vai tomar providências. A fala ocorreu durante coletiva de imprensa sobre o balanço dos oito meses à frente do governo.

Na semana passada, cinco policiais civis foram presos durante uma operação da Polícia Federal que investiga mortes que teriam sido praticadas por agentes da Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos de Palmas (Denarc). Dois delegados também tiveram as prisões temporárias solicitadas, mas os pedidos foram negados pela Justiça.

"Não é aceitável esse tipo de conduta. Nós temos trabalhado diariamente para nossas polícias e elas têm respeitado todos critérios, respeitado as suas obrigações e essa questão de grupo de extermínio não passa. Se aconteceu foi de maneira isolada e está sob investigação. No final chega aos culpados e chegando o Estado toma suas providências", disse o governador.

A operação investiga até duas dezenas de assassinatos praticados entre 2019 e 2020 no estado do Tocantins. A PF concluiu que a Denarc estava usando o aparato estatal para grampos ilegais, plantar drogas falsas, servir o governo e fazer limpeza social com um “código penal próprio”. Na decisão que autorizou a operação foram citadas sete mortes que teriam sido ligadas aos agentes. Alguns eram ex-presidiários e outros eram investigados ou parentes de pessoas com envolvimento com tráfico.

Entenda o caso - Na semana passada a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão preventiva, busca e apreensão em uma operação para investigar um suporto grupo de extermínio dentro da Polícia Civil. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou, em nota, que a Corregedoria-geral da Polícia Civil está acompanhando a operação e deve se manifestar em tempo oportuno.

A operação, denominada como Caninana, foi autorizada pelo colegiado de juízes do Tribunal de Justiça do Tocantins. Segundo as investigações, os policiais tinham um grupo de WhatsApp em que programavam o articulavam a morte de pessoas.

A investigação apontou que o grupo foi responsável por até duas dezenas de assassinatos praticados entre 2019 e 2020 no estado do Tocantins. Um dos episódios investigados aconteceu no dia 27 de março de 2020, quando cinco pessoas foram mortas com indícios de execução nos bairros de União Sul e Jardim Aureny I, na região sul de Palmas.

O que diz a defesa dos investigados - Desde o início da apuração, o advogado que representa os investigados, Antônio Ianowich, afirmou que todos os agentes se apresentaram espontaneamente e a defesa vai se manifestar em momento oportuno, respeitando o sigilo das investigações. A presidente do sindicato dos policiais civis disse que vai auxiliar com assessoria jurídica aos policiais. “O Simpol vai prestar todo apoio aos policiais civis e seus familiares. Todo apoio necessário a provar a inocência dos nossos policiais”, disse Susy Francisco.


Autor:Redação AMZ Noticias


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