Os editais do concurso de formação de cadastro de reserva da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso exigem, entre outros documentos, dos candidatos a apresentação de exame de HIV antes da participação na prova de aptidão física.
Para a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os critérios são discriminatórios. O governo informou, por meio da Secretaria de Comunicação, que não vai se manifestar e a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) ainda não se posicionou.
O presidente da comissão, Flávio Ferreira, disse que o edital confronta a Constituição Federal que impede que a vedação de qualquer pessoa em fazer o concurso público. "É um edital discriminatório neste aspecto. Nós entendemos que exames de saúde são necessários sim", disse. No entanto, o presidente da comissão disse que doenças controladas, como é o caso do HIV, não deveria ser motivo de desclassificação do candidato.
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) também recebeu denúncia sobre o edital do governo de Mato Grosso, por meio da Ouvidoria, e encaminhou para análise do núcleo de promotorias de Defesa da Cidadania. O teste de HIV é exigido para os cargos de escrivão e investigador da Polícia Civil; soldado e oficial da Polícia Militar; soldado e oficial do Corpo de Bombeiros.
O concurso - O governo de Mato Grosso lançou no dia 5 de janeiro sete editais para o concurso público das forças de segurança. A intenção é contemplar 11 diferentes cargos destinados à Policia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Judiciária Civil e Politec. As vagas são para cadastro de reserva.
As inscrições começam no dia 12 e seguem até o dia 24 de janeiro, a taxa de inscrição é de R$ 130. Todas as vagas exigem ensino superior completo e serão para cadastro de reserva. No entanto, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que pretende nomear 1.200 novos servidores em 2022.
Autor:AMZ Noticias com Assessoria