Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Delegado diz que "Criminosos não são de Cuiabá e que tiveram informação privilegiada"




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O delegado Guilherme Bertoli, titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), afirmou ter certeza de que os assaltantes que praticaram o furto em um apartamento do Edifício Premiato, levando mais de R$ 500 mil em joias e objetos, são de outro Estado.

E que eles receberam informações privilegiadas sobre a rotina da vítima, a fisioterapeuta D.R.V., e os pertences que estavam no local. O crime foi praticado por dois adolescentes, em 8 de julho passado, que tiveram suas entradas liberadas pela portaria e foram direto ao apartamento da fisioterapeuta.  

“Analisamos as imagens e, num primeiro momento, já vimos que eles não são criminosos ‘comuns’, tipo os que a gente está acostumado a lidar. Como atuamos nessa área, batemos os olhos e já sabemos quem são os criminosos, mais ou menos. Mas, nesse caso, temos certeza que os criminosos não são de Cuiabá”, disse.

Bertoli afirmou que uma quadrilha, que praticou um furto semelhante, foi presa no Estado de São Paulo. “Estamos em contato com o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São Bernardo do Campo (SP) e eles prenderam em flagrante uma quadrilha de jovens que praticou esse mesmo tipo de crime no Rio de Janeiro. Quando eu vi as imagens, falei: ‘é o mesmo perfil’, jovens que entram nos edifícios como se fossem moradores e praticam o furto”, disse.

Segundo ele, os policiais de São Paulo disseram que essa quadrilha vem agindo em todo o Brasil, com o mesmo modus operandi. “São todos muito jovens, com aparência de adolescentes. Em Goiânia também teve um caso recente, em um apartamento de luxo. Só que lá, para sorte das vítimas, os assaltantes abaixaram as máscaras, o que facilita a identificação”, afirmou.

Bertoli explicou que assumiu as investigações há dois meses, após o delegado Marcelo Carvalho ter iniciado os procedimentos. “No dia do furto, uma equipe da Derf foi ao local e requisitamos à Politec para constatar o arrombamento e recolher impressões digitais. Já requisitamos do condomínio todas as imagens do sistema de monitoramento”, disse.

“Estamos analisando, também, as imagens ao redor do prédio. Estamos apurando qual veículo deu apoio aos criminosos, e checando as placas para chegar no proprietário. Mas foram poucas imagens que conseguimos, ao redor do quarteirão, de todo o trajeto... Nós visualizamos um veículo, só que as imagens eram muito ruins e não conseguimos identificar a placa”, explicou.

O delegado reiterou que não resta dúvida de que a quadrilha recebeu informação privilegiada antes do crime. “Sem dúvidas receberam informações muito específicas. Eles entraram diretamente no apartamento em que não havia ninguém no momento. E sabiam que ali tinha joias e pertences de valor. Pode ter sido alguém que frequenta o prédio, que trabalha lá, ou pode ser alguém que já teve contato ou conhecia a vítima. Ainda não temos essa informação”, afirmou.

Bertoli também afirmou que esse tipo de investigação é mais complexo, pelo modus operandi adotado. “É uma investigação mais demorada. Nós entendemos a dor e a pressa da vítima, vamos nos desdobrar para prender esses criminosos, mas dificilmente os objetos serão recuperados. Nosso objetivo é esclarecer o crime e prender os meliantes. Mas é uma investigação mais complexa porque depende de outros elementos de provas”, disse.

O delegado destacou ainda que está em contato permanente com a Polícia Civil de São Paulo, já que criminosos foram presos naquele Estado."Estamos aguardando o compartilhamento das provas colhidas em São Paulo para auxiliar na investigação. Às vezes as investigações não vãs na mesma pressa que a vítima e a sociedade desejam, mas estamos confiantes que, com as provas levantadas, vamos obter o êxito ao final e prender esses criminosos", afirmou.


Autor:AMZ Noticias com Mídia News


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