A agricultura do estado do Pará esta realizando este mês um fato histórico, isso porque o estado esta realizando primeira colheita de algodão experimental em larga escala, a colheita é oriunda de uma fazenda no município de Santana do Araguaia, região sul do Estado.
Segundo o produtor rural Marcos André Moscon, proprietário e administrador da fazenda Sol Nascente, a expectativa é de que esta primeira colheita renda cerca de 250 arrobas por hectare, o que é considerado um número muito positivo, por se tratar ainda do início do trabalho.
“Embora o Ministério da Agricultura (MAPA) tenha liberado para nós mil hectares para a plantação experimental, nós fizemos, inicialmente, em apenas 60 hectares, até por se tratar de um plantio caro. Mas, como está dando muito certo, para o ano que vem, já estamos prevendo aumentar para 500 hectares”, explicou.
O produtor rural mudou-se para a região por volta de 2015 e, inicialmente, começou a plantar arroz, soja e milho. Aos poucos, e com a ajuda das filhas e da família, surgiu a ideia de experimentar plantar algodão, projeto que só pode concretizado com uma liberação pelo MAPA, já que esse cultivo não é permitido no Estado do Pará.
“O MAPA já nos informou que o nosso plantio vai continuar, no ano que vem, sendo experimental e não comercial, já que a plantação comercial é proibida por vários motivos no Estado, incluindo a questão da preservação do bioma da Amazônia. Eles calculam que, em três anos, depois de analisar como a plantação se comporta, poderemos começar a estabelecer uma janela de plantio aqui no Estado”, ressaltou Moscon, informando que plantou oito variedades diferentes de algodão na sua terra.
Ele conta que o novo negócio teve início com a geração de novas vagas de emprego, pois cerca de 30 pessoas foram contratadas para ajudar com o início dos trabalhos.
“Como o algodão é uma commodity que requer muito cuidado, também necessitamos de gente com capacitação técnica e profissional, ou seja, a atividade gera não só empregos básicos mas vagas capacitadas também”, completa o empresário, que também atua em outras frentes na região, como uma fábrica de fertilizantes foliares e defensivos agrícolas.
“O Pará, sem dúvida, tem um potencial absurdo para o agronegócio; é a última fronteira agrícola legalizada no País, como eu costumo dizer. O agricultor tem tido um grande apoio para desenvolver cada vez mais o potencial da região, desde que tenha responsabilidade social e ambiental”, finalizou.
Autor:AMZ Noticias com Belem.com.br